sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Scott Pilgrim vs. The World

Scott Pilgrim Vs. The World é um filme baseado na série de quadrinhos homônima do escritor canadense Bryan Lee O’Malley. A HQ é um híbrido entre mangá e os quadrinhos comuns, utilizando várias referências à cultura pop em geral, como arcade games. 
O segundo volume brasileiro (que junta o terceiro e quarto volumes originais) sai este mês pela Companhia das Letras... E o post acaba aqui porque estou com preguiça... Bazzinga! É só clicar no link aí embaixo pra ver o resto (POSSIVELMENTE COM ALTO TEOR DE SPOILERS, IMAGENS DESNECESSÁRIAS E GIFS ANIMADOS).
O filme tem início com Scott Pilgrim (interpretado por Michael Cera) explicando para seus amigos, com quem forma a banda Sex Bob-Omb, que está saindo com uma colegial, a chinesa Knives Chau (Ellen Wong). Nesses primeiros minutos já é possível captar os aspectos mais importantes da personalidade de cada um: Scott é bem-humorado, inocente e totalmente "desligado"; Kym Pine (Alison Pill) é a baterista sarcástica; Stephen Stills (Mark Webber) é o líder banda e o Young Neil (Johnny Simmons)... bem, é o Young Neil. 
A partir daí é mostrado um pouco do incomum dia-a-dia de Scott, que tem como colega de quarto Wallace Wells. Wallace é um dos melhores e provavelmente o mais engraçado personagem do filme. Depois da introdução ser feita, Scott conhece Ramona, a misteriosa garota por quem se apaixona. Tudo seria fácil se não fosse por um problema: Para namorar com ela, é preciso derrotar a liga formada por seus sete ex-namorados do mau.
Como mostraram as bilheterias dos EUA, este não é um filme do qual qualquer um goste facilmente. Em primeiro lugar, é preciso entender as referências de animes e jogos de luta. Também é perceptível que quem já leu os quadrinhos normalmente gosta mais do filme, por já ter uma idéia todos os pontos principais da trama. Mesmo sendo uma adaptação fiel, passando muitos diálogos diretamente pro roteiro, algumas partes importantes acabaram sendo cortadas. Afinal, são 6 volumes de em média 150 páginas exprimidos em pouco mais de uma hora.
Por causa dos cortes, percebe-se a falta de algo na relação de Scott e Ramona. As conversas dos dois são muito curtas e pouco pessoais, não fica muito claro por que existe a atração entre eles. O carisma da Ramona ficou deixado de lado, isso é algo que deveria ter sido melhor explorado. A maior parte da culpa talvez tenha sido do roteiro, mas o jeito com que Mary Elizabeth Winstead encarnou a personagem com certeza também interferiu. Muitas vezes ela parecia indiferente ao Scott( e nem por isso deixa de ser boa atriz). Já Michael Cera, que pode ser muito engraçado às vezes, certamente não foi uma boa escolha para o papel.
Apesar de todos os efeitos sonoros e visuais originais e nunca antes colocados dessa forma num filme, a resposta do público foi menor do que se esperava. Por causa disso o filme quase não veio para os cinemas brasileiros, agora sendo São Paulo  a única cidade que vai passar o filme. O jeito é esperar passar no SBT... Ou o Google.
Algumas imagens: 

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